No último dia 9, o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento afirmou que o aquecimento global pode comprometer diretamente a segurança alimentar a nível nacional e até global.
No mesmo dia, a ONU divulgou as informações do Painel Intergovernamental sobre o clima (IPCC), onde declarava que a Terra está aquecendo antes do que se esperava. Como consequência, eventos climáticos atípicos ocorrerão nos próximos anos, alterando aspectos ligados à produção agrícola e agropecuária.
O Painel também trouxe informações sobre o desmatamento e consequências para a Amazônia. Saiba mais a seguir!
Mudanças climáticas e o Brasil
De acordo com o último relatório realizado em 2019 pelo Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), idealizado pelo Observatório do Clima, mais de 50% de todas as emissões brasileiras vieram do desmatamento.
Mesmo excluindo esse número, especialistas afirmam que a agropecuária por si só já representa uma emissão de gás maior que toda a indústria brasileira.
Não é à toa que a palavra do momento é sustentabilidade. A importância da tecnologia e da transformação digital do Agro estão diretamente ligadas ao mundo todo.
A Floresta Amazônica precisa ser melhor preservada em prol da manutenção ecossistêmica mundial, o que só será possível zerando o desmatamento em território brasileiro e apostando em soluções sustentáveis.
A gravidade da situação também gera riscos econômicos para o Agronegócio. Confira!
Riscos para o Agronegócio
Segundo o IPCC, o alerta é sério e demanda mudanças na forma que os processos são realizados no Agronegócio, sendo necessário a criação de políticas governamentais que protejam o meio ambiente e exijam fiscalizações mais sérias contra más práticas.
As extremas mudanças climáticas podem causar nos próximos anos:
- A falta de água. Um dos principais problemas que o Brasil pode enfrentar nos próximos anos são secas que impedirão a irrigação.
- Excesso de água. Por mais que pareça contraditório, eventos climáticos exagerados podem resultar tanto na escassez de água quanto na abundância exagerada com enchentes e inundações.
- Ameaças à produção de soja no Cerrado ou na região Matopiba, a produção de agricultores familiares no semiárido nordestino, produtores e habitantes de cidades que não são adaptados a mudanças climáticas repentinas.
Afinal, qual a solução?
Apesar de ser um tema desanimador e as probabilidades estarem contra a humanidade, há sim uma luz no fim do túnel.
Quando se fala de conectar, cada vez mais, a tecnologia e o agronegócio, esses fatores são levados em consideração e pensa-se também em métodos sustentáveis.
A revolução digital do Agro é sustentável e incentivadora de boas práticas. Para especialistas, estes desafios já podem ser enfrentados pelos produtores rurais, ou seja, já existem as soluções, basta implantá-las em grande escala.
Além disso, é preciso que haja uma comunicação mais ampla e direta com o produtor para que ele compreenda essa realidade e possa se interessar cada vez mais por essas soluções.
A realidade atual é que as crises climáticas afetam a economia do país e desregulam os regimes de chuva e seca no país, mas também de que é possível impedir o avanço de tais problemas.
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Fontes: IPCC, Ministério da Agricultura e ONU.